A minha primeira incursão por Paris durou uma semana em Novembro de 2008 e foi profundamente turística: visitei todos os pontos de interesse no centro e museus. Não é por acaso que é umas das capitais culturais da Europa… Deixo aqui algumas dicas relacionadas com museus, especialmente acerca dos passes turísticos em Paris (ou City Pass, como se costuma dizer em inglês), que permitem poupar muitos euros e tempos.

passe turistico paris

Apesar na imersão cultural – Museu do Louvre, Museu Pompidou e Museu d’Orsay são absolutamente obrigatórios – fiquei com a impressão de uma cidade fantasma (exagero, sim!), que ficou parada no tempo. Tem locais históricos e é uma viagem absolutamente obrigatória, mas falta um pouco de vida à cidade… A verdade é que não procurei muito e praticamente não fiz vida nocturna, mas pareceu-me que Paris ainda vive na glória do passado.

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Percurso Pedestre – Principais pontos visitados aos longo da semana

Como foi uma viagem profundamente turística (ou cultural, se quiserem ser simpáticos), deixo abaixo as minhas notas dos três museus que visitei e que adorei. Todos encerram às terça-feiras, tal como a maioria dos museus em Paris:

1. Musée du Louvre

É gigante e impossível de conhecer profundamente num único dia. Para uma boa experiência, e caso tenham apenas um dia para o conhecer, escolham apenas algumas salas que vos interessem – de entre Egipto, Próximo Oriente, Antiguidade Clássica, Arte Islâmica, Artes Decorativas e Pintura (desde os retratos medievais do século XIII a meados do século XIX).

Tudo o que é posterior a 1848 foi transferido para o Musée D’Orsay, portanto não esperem arte moderna. Como cada vez há mais afluência e filas constantes, o Museu oferece agora a compra antecipada de bilhetes. O custo da entrada no Museu é de 12€, mas existem muitas borlas – eu aproveitei uma delas. O Louvre é, pois, gratuito numa destas condições:

  1. Primeiro Domingo de cada mês de Outubro a Março
  2. Jovens até 18 anos
  3. Jovens até 25 anos de nacionalidade ou residência na Área Económica Europeia
  4. À sexta-feira das 18h00 às 19h45 para Jovens até aos 25 anos de qualquer nacionalidade
  5. Desempregados, Artistas, Pessoas com incapacidades, Professores de arte & outros

Louvre_Museum_Wikimedia_Commons

2. Musée d’Orsay

É um paraíso para quem gosta de arte impressionista, como eu. Aloja as pinturas mais conhecidas do período de 1948 a 1915, o que inclui os famosos quadros do Renoir, Manet e Monet – uma trilogia perfeita. A pintura impressionista e o início do modernismo teve o seu auge em França e, se eu tivesse que escolher apenas um museu para visitar, seria este! A entrada no Museu custa 11 €, mas existem também entradas gratuitas, numa das seguintes condições:

  1. No primeiro domingo de cada mês, durante todo o ano
  2. Jovens até 18 anos
  3. Jovens até 25 anos de nacionalidade ou residência da Área Económica Europeia
  4. Desempregados, Artistas, Pessoas com incapacidades, Professores de arte & outros

Se não pertences a um destes grupos, a entrada poderá ficar por 8,5 € nas seguintes condições.

  1. Jovens até 25 anos de qualquer nacionalidade
  2. A partir das 16h30 (excepto quinta-feira)
  3. Quintas-feiras a partir das 18h00

Musée_d'Orsay,_North-West_view,_Paris_7e_140402

3. Centre Georges Pompidou

O Beaubourg termina a viagem da Arte ao longo dos períodos históricos – apesar de parecer um edifício cheio de andaimes! Além de ser um Museu com exposições permanentes, funciona como um Centro da arte contemporânea em Paris, albergando dezenas de exposições temporárias ao longo do ano (cujo programa pode ser consultado aqui), eventos, happenings e trabalhando em parceria com os artistas e as escolhas de artes.

A colecção permanente do Centre Georges Pompidou alberga obras de todo o século XX, por período artístico: Fauvismo Expressionismo, Cubismo, Arte Abstracta, Dada, Surrealismo, Pop Art, Novo Realismo e Arte conceptual. É um baluarte da arte moderna, e aqui podem ver com os vossos próprios olhos os Picasso, Matisse, Chagall, Magritte e Mondrian da vida – apenas alguns dos meus preferidos.

O bilhete normal para acesso ao Centre Georges Pompidou custa 14€. O acesso gratuito ao museu (mas não às exposições temporárias) é feito sob uma das seguintes condições:

  1. Primeiro Domingo de cada mês
  2. Jovens até 18 anos
  3. Jovens até 25 anos de nacionalidade ou residência na Área Económica Europeia
  4. Às sextas das 18h00 às 19h45 para Jovens até aos 25 anos de qualquer nacionalidade
  5. Desempregados, Artistas, Pessoas com incapacidades, Professores de arte, estudantes de escolas de arte, jornalistas & outros

Centre_Pompidou,_Paris,_30_November_2011

Passe Turístico para Museus em Paris: Paris Museum Pass

Caso queiram visitar estes três museus e muitas outras atracções de Paris, podem comprar o Paris Museum Pass. Eu não o fiz na altura porque tive acesso à maior parte das borlas, mas para aqueles que já ultrapassaram a barreira dos 25 e não querem estar à espera do sagrado domingo, é uma óptima opção. Permite poupar uns euros e bastante tempo, já que se evitam as filas intermináveis das grandes atracções.

O Paris Museum Pass pode ser comprado para dois (42€), quatro (56€) ou seis dias consecutivos (69€) e dá acesso aos três museus acima referidos e a muitos outros: Arco do Triunfo, Torres de Notre Dame, Museu Nacional des Chateaux de Versailles e Museu Nacional de Eugène Delacroix são apenas alguns. Podem consultar aqui a lista completa. O passe pode ser comprado online (tem custos), nos Aeroportos de Paris, e em vários locais no centro da cidade – FNAC, por exemplo. Para “activar” , basta escrever no passe o nome e data no primeiro dia de uso e… voilà!

Saibam também tudo o que precisam sobre visitar a Disneyland. Se quiserem saber mais sobre os Passes Turísticos em Nova York e outras cidades norte-americanas, cliquem aqui.

Gostaram de algumas das dicas de Paris sobre museus? Podem também seguir o Contramapa no Facebook e no Twitter.

Chamo-me Diana.Gosto de ler, gosto de escrever e tenho ganho o gosto de viajar. Decidi juntar as histórias acumuladas neste espaço e chamei-lhe Contramapa. Porque nas contracapas dos meus livros existe sempre um mapa, um sítio onde ir, um local a descobrir. Aqui podem conhecer as minhas histórias e viagens em livro aberto.

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