Quem sou eu

“Viajar? Para viajar, basta existir. (…)
A vida é o que fazemos dela. As viagens são os viajantes. O que vemos, não é o que vemos, senão o que somos.”

Bernardo Soares, O Livro do Desassossego

Porquê viajar?

Gosto de imperiais frescas no verão, lareiras quentes no inverno e autores clássicos em todas as estações do ano. Gosto de experimentar coisas novas, mas raramente me entusiasmo o suficiente para continuar. Gosto de viajar e isso tem continuado.

Ora bem. Chamo-me Diana Guerra. Fiz o meu primeiro passaporte em Março de 2008 porque nesse mesmo mês tinha viagem marcada para Marrocos. Estava no meu segundo ano de faculdade e, até à altura, tinha viajado muito pouco e sempre dentro da Europa. Tomei-lhe o gosto e desde então tenho continuado a explorar mais mundo. No ano seguinte fiz Erasmus em Barcelona e comecei a mergulhar melhor a Velha Europa. Seguiu-se um InterRail com três amigas em que visitámos mais de 10 países em um mês.

Outros continentes se seguiram. Em 2011 durante os dois meses de verão estive em voluntariado nas roças de São Tomé e, mais tarde, fui conhecer alguns países do Sudoeste Asiático de mochila às costas durante um mês, passando pelos templos de Angkor Wat e pelos arrozais de Sapa.

É que este bichinho das viagens é uma coisa ruim. Instala-se sem uma pessoa dar por isso e, de repente, queremos mais mundo. Seguiram-se outros países, outras aventuras: Brasil, Cuba, Irlanda, Turquia, Suiça…

Em 2015 fiz uma grande viagem de mais de um mês pelos Estados Unidos, em busca do El Dorado (podem ler o Roteiro da Viagem aos EUA) e foi isso que motivou a criação do Contramapa. Nos últimos anos, é a Europa de Leste e o Oriente que mais me têm atraído: Croácia, Roménia, Japão, Malásia, Singapura, Nova Zelândia e Austrália.

Também viajo com regularidade por Portugal e tenho descoberto locais lindíssimos. Em 2019 fiz a Estrada Nacional 2 de bicicleta: 739 quilómetros de Chaves a Faro.

Porquê um blog?

Quis ser jornalista desde que me lembro, sempre adorei ler e contar histórias através da escrita. Quando mal sabia ler e escrever, já fazia recortes e colagens para vender as minhas publicações aos membros da família. Alguns anos depois, nos tempos do mIRC e do Dragon Ball, escrevi um livro chamado “Viagem no Espaço”, que ainda deve estar algures no sótão da casa dos meus pais.

Escolhi a área de Humanidades, tirei o curso de Ciências da Comunicação na Universidade Nova de Lisboa e estagiei em Jornalismo, mas quis a vida (quis mais eu do que a vida) que rumasse para a área de Gestão e abandonasse a escrita e as reportagens. Pus o papel e a caneta de lado, e abracei a consultoria, o mundo empresarial e os ficheiros de Excel porque, afinal, os números, as contas e a lógica também me fascinam.

Mas o bichinho da escrita também é péssimo e, volta e meia, teima em reaparecer. Vou escrevendo umas palavras aqui e ali, mas é este o espaço que repõe o meu equilíbrio existencial.

Como espaço onde desagua o meu alter-ego, o Contramapa procura promover viagens de caráter sustentável que apoiem um estilo de vida saudável, opções mais ecológicas e de menor impacto ambiental. Privilegio também as viagens de natureza que respeitam o meio envolvente e as viagens culturais, que nos levam a sair da nossa zona de conforto e a compreender realidades díspares da nossa, para que nos possamos tornar cidadãos mais tolerantes e ativos.