{"id":14337,"date":"2017-10-03T15:04:03","date_gmt":"2017-10-03T15:04:03","guid":{"rendered":"https:\/\/contramapa.com\/?p=14337"},"modified":"2019-04-21T21:04:16","modified_gmt":"2019-04-21T21:04:16","slug":"rio-de-onor","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/contramapa.com\/2017\/10\/03\/rio-de-onor\/","title":{"rendered":"Rio de Onor: uma das 7 Aldeias Maravilha de Portugal"},"content":{"rendered":"

Ao entrar no vale que guarda a aldeia de Rio de Onor<\/strong> n\u00e3o sabia muito bem o que esperar. J\u00e1 tinha lido que recentemente a aldeia tinha sido eleita uma das 7 aldeias maravilha<\/a> de Portugal e que era conhecida pelo seu comunitarismo ancestral. Mas tudo o resto era uma inc\u00f3gnita para mim.<\/p>\n

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Ao entrar na aldeia, a primeira coisa que me surpreendeu foram as casas tradicionais. Bem conservadas e constru\u00eddas em xisto, s\u00e3o exemplos da arquitetura da regi\u00e3o. As mais pitorescas que encontrei est\u00e3o \u00e0 beira-rio, onde as varandas d\u00e3o diretamente para a \u00e1gua.<\/p>\n

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Quem me conhece, sabe que gosto de pequenas povoa\u00e7\u00f5es isoladas e Rio de Onor<\/strong> n\u00e3o demorou muito a conquistar-me. Perdi-me a passear pelo vale amplo junto \u00e0 \u00e1gua fresca do rio, pelos campos de cultivo e pelas ruas estreitas de pedra, que se entrela\u00e7am umas nas outras.<\/p>\n

Leiam tamb\u00e9m: Parque Natural de Montesinho e a Brama dos Veados<\/span><\/a><\/div>\n

No \u00fanico caf\u00e9 da aldeia encontrei os rapazes da velha guarda. \u00c1vidos de conversas de outras paragens, trocam olhares e rapidamente nos pomos em contacto. Pergunto-lhes pela hist\u00f3ria da terra e, de repente, j\u00e1 somos amigos e tratam-me por menina. \u00c9 verdade, os transmontanos n\u00e3o sabem s\u00f3 receber. Sabem como nos fazer sentir em casa.<\/p>\n

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Rio de Onor, a aldeia comunit\u00e1ria<\/strong><\/h2>\n

Tendo pertencido \u00e0 Casa de Bragan\u00e7a, Rio de Onor<\/strong> encontra-se dentro do Parque Natural de Montesinho<\/a>. Sabe-se que \u00e9 uma povoa\u00e7\u00e3o raiana com s\u00e9culos de exist\u00eancia. Faz fronteira com a hom\u00f3nima\u00a0Rihonor de Castilla e h\u00e1 quem diga que s\u00e3o a mesma povoa\u00e7\u00e3o, distinguindo-se apenas por povo de acima (espanhol) e povo de abaixo (portugu\u00eas). Partilham at\u00e9 um dialecto, que hoje se encontra quase extinto: o rionor\u00eas<\/strong>.<\/p>\n

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J\u00e1 as sinergias dentro da aldeia, v\u00e3o muito al\u00e9m da l\u00edngua. Aqui encontra-se o \u00faltimo resqu\u00edcio do comunitarismo medieval. Significa isto que a popula\u00e7\u00e3o partilha terrenos, equipamentos e animais. A administra\u00e7\u00e3o local \u00e9 composta por dois mordomos, eleitos anualmente por uma assembleia com representantes de todas as fam\u00edlias da povoa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

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Ao longo do ano, os mordomos fazem a aloca\u00e7\u00e3o das tarefas, alternando-as entre os v\u00e1rios trabalhadores da aldeia. Se este m\u00eas \u00e9s pastor, para o m\u00eas que vem vais fazer a rega dos campos. Quando alguma coisa corre mal, a vara da justi\u00e7a garante o cumprimento das regras e aplica multas, muitas vezes pagas em vinho ou azeite.<\/p>\n

Infelizmente, esta veia comunit\u00e1ria tem vindo a desaparecer ao longo dos anos. Os filhos t\u00eam a vida em Bragan\u00e7a, os netos no Porto. Dos animais, j\u00e1 n\u00e3o h\u00e1 quem cuide. Apontam-me o campo \u00e0 volta, com algumas ma\u00e7arocas de milho, caba\u00e7as e couves. Antes, aqui n\u00e3o havia nada por cultivar.<\/p>\n

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Mas a beleza, essa, ningu\u00e9m lhe tira. Continuo a visita pela aldeia e vou ter \u00e0 zona mais pitoresca, junto \u00e0 ponte romana. Por aqui, h\u00e1 um passeio pedonal renovado, um parque de merendas e mais campos de cultivo. A fronteira com Espanha fica mesmo ali, a menos de 100 metros de dist\u00e2ncia.<\/p>\n

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A igreja matriz fica do outro lado da aldeia, e para chegar a ela, tenho de passar pelo macho e pelos gatos curiosos que ocupam a estrada. N\u00e3o vejo carros em funcionamento. N\u00e3o h\u00e1 qualquer barulho de tr\u00e2nsito. O isolamento tem as suas vantagens e uma delas \u00e9 a preserva\u00e7\u00e3o deste ref\u00fagio buc\u00f3lico.<\/p>\n

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O que ver em Rio de Onor<\/strong><\/h2>\n

– Igreja Matriz de Rio de Onor<\/strong>: Vis\u00edvel de toda a aldeia, a capela costuma estar encerrada e abre apenas para cerim\u00f3nias<\/p>\n

– Ponte Romana<\/strong>: Este \u00e9 talvez o elemento mais emblem\u00e1tico da aldeia, atravessando o rio Onor.<\/p>\n

– Forno e Forja Comunit\u00e1rios:<\/strong> Partilhados em Rio de Onor e Rihonor de Castilla, ficam praticamente entre as duas povoa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n

– Casas de Xisto de dois pisos:<\/strong> T\u00edpicas da regi\u00e3o, as casas de Rio de Onor s\u00e3o compostas por dois andares. Tradicionalmente, no piso de cima era a resid\u00eancia familiar, no piso de baixo ficavam os cereais e animais.<\/p>\n

– Carabelho:<\/strong> Estas s\u00e3o as fechaduras tradicionais da regi\u00e3o, um pormenor de arquitetura tradicional.<\/p>\n

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Onde ficar em Rio de Onor<\/strong><\/h2>\n

Apesar de a aldeia ser pequena, existem v\u00e1rios alojamentos locais para uma estadia mais prolongada nesta povoa\u00e7\u00e3o id\u00edlica. No Booking<\/a> de Rio de Onor (onde realizo as minhas reservas de viagem), encontrei duas casas rurais dentro da povoa\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

De 15 de maio a 15 de setembro a aldeia tem tamb\u00e9m um parque de campismo<\/a> em funcionamento, com todos os equipamentos necess\u00e1rios, incluindo balne\u00e1rios, wifi, um caf\u00e9-restaurante e um mini-mercado. Com a crescente popularidade da aldeia, est\u00e1-se a tentar que o parque de campismo esteja aberto durante mais tempo, portanto fora destas datas, liguem a confirmar.<\/p>\n

Onde comer em Rio de Onor<\/strong><\/h2>\n

Rio de Onor tem apenas um pequeno caf\u00e9 \u00e0 entrada da povoa\u00e7\u00e3o onde n\u00e3o servem qualquer tipo de refei\u00e7\u00f5es. No parque de campismo, h\u00e1 tamb\u00e9m um caf\u00e9-restaurante e um mini-mercado abertos durante o ver\u00e3o. Na regi\u00e3o do Parque Natural de Montesinho, as minhas recomenda\u00e7\u00f5es gastron\u00f3micas est\u00e3o aqui<\/a>.<\/p>\n

Como chegar a Rio de Onor<\/strong><\/h2>\n

A aldeia fica junto \u00e0 fronteira com Espanha, a 30 minutos de carro de Bragan\u00e7a. Do Porto, s\u00e3o 2h30 e de Lisboa 5h00. Fica tamb\u00e9m a 2h00 de Le\u00f3n. N\u00e3o existe qualquer tipo de transportes p\u00fablicos, mas existem excurs\u00f5es da Rota da Terra Fria<\/a>\u00a0a partir de Bragan\u00e7a que visitam esta aldeia no seu programa.<\/p>\n

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Gostaram do artigo? Leiam tamb\u00e9m\u00a0sobre\u00a0o Parque Natural de Montesinho<\/a>.\u00a0<\/em>Se gostaram de artigo, podem seguir o\u00a0Facebook do Contramapa<\/a>, o\u00a0Instagram<\/a>\u00a0e o\u00a0Twitter<\/a>.<\/em><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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