Sou perdida de amores pelo Parque Nacional da Peneda-Gerês. Já o tinha dito aqui e volto a repetir. E por muitas povoações pitorescas e monumentos que o parque tenha, a melhor forma de o percorrer é mesmo a pé. Ou quiçá, a nado, considerando o incontável número de lagoas e cascatas no Gerês que se escondem nas encostas das serras. E, por isso, hoje deixo-vos uma lista de 10 locais de pura natureza que não podem perder no Parque Nacional da Peneda-Gerês.
1 – Percurso do Pé do Cabril (e outros, muitos outros)
No Gerês, existem dezenas, senão centenas, de percursos pedestres com os mais diferentes graus de dificuldade. O problema é como os descobrir e como saber se estamos fisicamente preparados para os enfrentar.
Contudo, há alguém que facilita esse trabalho. Nomeadamente, a ADERE-PG (Associação de Desenvolvimento das Regiões do Parque Nacional da Peneda-Gerês) e o ICNF (Instituto da Conservação das Florestas e da Natureza).
No site da ADERE têm acesso a alguns dos percursos pedestres que podem ser realizados no Parque Nacional da Peneda-Gerês. O site está continuamente a ser atualizado. Disponibiliza ficheiros GPS para cada um dos trilhos, descrições dos percursos e de cada um dos seus pontos de interesse. Podem facilmente fazer download da documentação e instalar os ficheiros GPS/PDS num smartphone para que não se percam ao longo do caminho. Foi o que eu fiz!
Não deixem também de visitar o ICNF. Neste site, podem fazer download da listagem dos percursos a realizar de automóvel e de documentos sobre o estado de conservação dos percursos.
Não há desculpas! Se utilizarem estes dois sites, vão encontrar toda a informação que precisam para escolherem o trilho que melhor se adequa às vossas condições físicas e ao que querem fazer!
O percurso que fiz este ano foi o do Pé do Cabril. Estava um dia de calor terrível, suei que nem uma louca, eram subidas que nunca mais acabavam e eu tinha faltado aos treinos. Resultado: fiz apenas o trilho até meio, e voltei para trás.
Bom, sendo que o trilho tinha 7 kms (14kms ida e volta) e está qualificado com um nível de dificuldade “média a elevada”, acho que não me saí assim tão mal. O tempo recomendado para os 7 kms era de 5 horas. Fica a dica: não subestimem as classificações dadas aos percursos e vão sempre muito bem preparados, em termos de calçado, roupa confortável e água, muita água.
2 – Cascata Tahiti / Cascata Fecha de Barjas
A Cascata do Tahiti (cujo nome oficial é Cascata Fecha de Barjas) é uma das mais populares cascatas no Gerês. E uma das mais belas, também. Fica perto das Caldas do Gerês, mas é preciso ter cuidado ao descer da estrada até à cascata. O caminho é sinuoso e escorregadio, quando o piso está molhado. Levem sapatilhas!
A cascata fica na estrada que liga o Fafião/Cabril à Ermida.
3 – Cascata do Arado
Com 900 metros de altitude, a Cascata do Arado fica nas imediações da Ermida. As quedas de água formam uma sucessão de lagoas que só podem convidar a um mergulho. Tem bons acessos de automóvel, o que a torna talvez a cascata mais visitada da Peneda-Gerês. Para chegar à cascata, é necessário passar pela povoação Ermida, e, a partir da aí, ir pelo caminho de terra batida até chegar a esta preciosidade…

Fonte: casasnogeresparaalugar.pt
4 – Cascata de Leonte
Localizado perto das Caldas do Gerês, a melhor forma de chegar à Cascata de Leonte é através da Portela do Homem (a cerca de 10kms), a partir da qual existem indicações.

Fonte: bloguedominho.blogs.sapo.pt
5 – Cascata de Pincães
A cascata fica na localidade de Pincães, uma povoação entre Fafião e Cabril. A partir da povoação, são cerca de 10 minutos de caminho a pé até uma das mais idílicas cascatas no Gerês.

Fonte: maravilhasdogeres.pt
6 – 7 Lagoas
7 – Lagoa dos Druidas
8 – Cascatas de Castro Laboreiro
Junto à vila do mesmo nome, as cascatas de Castro Laboreiro são agitadas e acidentadas. Ficam junto à vila do mesmo nome e são facilmente acessíveis. São belas para tirar fotografias, mas só os mais corajosos vão querer mergulhar…

Fonte: WikiCommons
9 – Cascata da Laja
A Cascata da Laja está embrenhada na montanha. Situa-se perto das Caldas do Gerês e é preciso fazer o trilho da Preguiça para chegar lá. Este é um trilho curto, de 5,5km que se faz em 3 horas. Podem ver aqui a informação que precisam para chegarem a uma das mais escondidas cascatas no Gerês!

Fonte: WikiLoc
10 – Além das Cascatas no Gerês: Os Miradouros
E, além de cascatas e trilhos, o que não falta na Peneda-Gerês são miradouros para apreciar as paisagens de cortar a respiração. O Miradouro da Fraga Negra, o Miradouro da Pedra Bela e o Miradouro do Mirante Velho são 3 dos mais conhecidos! Subam aos cumes e descubram-nos!
Querem saber mais sobre o Parque Natural e sobre as cascatas no Gerês? Leiam também a brochura do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas. Para pesquisarem alojamento, utilizem o Booking.com para o Gerês, é fiável e tem uma grande oferta a preços muito competitivos (é o que costumo utilizar nas minhas viagens). Caso pretendam algo mais personalizado, conheçam os Roteiros Personalizados do Contramapa.
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Excelente e tentador 😀
Continuação de bons posts.
Rui Quinta, Rui de Viagem
Tudo muito lindo. Encantada! 🙂
Não faltam aqui boas sugestões para explorar o Gerês. O nosso parque nacional está ainda muito pouco explorado. Há imensos lugares à espera de serem descobertos pelos portugueses.
Que excelentes dicas ! Conhecia 2 dessas só ! Temos ainda muitos segredos por descobrir no nosso Portugal, está muito bom o teu post. Obrigado
Adorei as dicas… sem falar que são 2 países pelo preço de um. Como sempre, os seus posts fazem com que a minha listinha de lugares para conhecer em Portugal só aumente. Beijos =)
Que demais ! Que lugares lindos !!!! Uau
Olá!
Acabei de me aperceber que ainda tenho muito para explorar. E não há desculpa, tenho de ir!
Gente que lugar maravilhoso!!! Adorei essa cascata Tahiti e dos pincães !!!
Wow! Cada lugar lindo. Tantas cachoeiras e pequenos lagos para explorar num único lugar. Gostei muito do post e da próxima vez que programar uma viagem próxima, vou tentar encaixar no roteiro. 🙂
Que maravilha! Já estive em alguns desses sítios, mas faltam-me tantos… Excelentes desculpas para regressar ao Gerês! Já conhecia o ICNF, mas não fazia ideia da existência da ADERE, por isso obrigada pela partilha 😉
Tenho a sorte de conhecer todos os locais que publicaste no teu artigo. O Gerês é mesmo um mundo à parte 😉
Nossa que relação espetacular de lugares para visitar hein. Eu poderia ficar por horas perdido nessas trilhas tomando banho nessas piscinas naturais. Realmente vale muito a pena e já está na minha #BucketList. Abraço e parabéns pelo belo post e fantásticas fotos!
Some day I’d love to visit this area, Diana. It looks really beautiful. 🙂
Excelente trabalho!
É uma pena que vocês os portugueses nao queiram preservar os nomes originais dos lugares. É un património imaterial dos seus antepassados e um legado para conhecer e interpretar a história do Pais e transmitila às geraçoes futuras. Nomes como cascata do AHITÍ ou cascata dos DRUÍDAS dao uma imagem pouco séria, nada autêntica e genuína do Parque Nacional. Conservem e preservem os seus valores naturais e humanos dos espaços naturais.
Olá Francisco! Muito obrigada pelo teu comentário. Para mim, é muito importante dar informação precisa no meu blog para que os meus leitores possam aproveitar ao máximo as suas viagens e sejam bem informados. Sei que a cascata do Tahiti é um nome informal, cujo nome oficial é Cascata Fecha de Barjas, e já deixei isso mais claro no artigo. Em relação à Lagoa dos Druidas, sabes onde poderei encontrar informação oficial sobre o nome real? É que pesquisei muito na internet e este foi o único nome que encontrei! Mesmo quando falei com as pessoas no Gerês, sempre se referiram à Lagoa dos Druidas e nunca a outro nome… Será que me podes ajudar?
Mais uma vez obrigada pela tua resposta, com comentários assim posso também ir melhorando o meu blog! 🙂
Belo artigo para uma 1ª visita ao gerês … mas as melhores cascatas são aquelas inacessíveis via carro, no rio conho, arado, toco e maceira.
Só uma correcção a imagem que associaste à cascata que dizes de Leonte é a cascata da portela do homem mas ao chegar à fronteira com a Espanha.
A cascata de leonte fica cerca de 1 km antes pouco depois da casa da preguiça à face da estrada … quando as curvas parecem impossíveis de fazer.
Obrigado
Fica antes cerca de 10 km e não um 1 km como referi.
Boa tarde António,
Muito obrigada pelo teu comentário! Faço os possíveis para não ter erros no blog, mas às vezes há coisas que escapam. Agradeço-te muito por me teres feito esta nota e vou corrigir. De facto, essa foi uma das cascatas que não tive oportunidade de visitar e daí o lapso!
Abaixo fica o link para algumas fotos da Cascata de Leonte. É esta a correta certa? Vou corrigir assim que possível!
http://bloguedominho.blogs.sapo.pt/461043.html
Mais uma vez obrigada pelo comentário e continua a passar por cá para descobrir mais coisas 🙂
Sim é essa mesma.
Corrgido!
Bom artigo. Só ficou mesmo a faltar a Cascata da Portela do Homem embora ficasse fora da rota traçada.
Não subiste ao Pé de Cabril?? 😛
Menina
Fica para próxima, tenho de me preparar melhor… ahha
Olá, de todas as cascatas , qual a com melhor acesso a nível pedestre? E a que tem o menor caminho? Obrigado.
Ola Diana, estou pensando em ir com mais 3 amigos até Gerês para fazer alguns trilhos em 4 dias. Estou pesquisando em alguns sites e achei esse seu com ótimas dicas. Estamos pensando em ir de auto-carro de Braga até Campo do Geres, sabe dizer se os deslocamentos a partir do Campo do Geres a pé é tranquilo ou necessariamente tem que se alugar um carro? Grato mais uma vez pelas dicas.
Aluga carro, os transportes lá são muito escassos!
Olá, sou frequentadora do Geres a alguns anos no entanto vinha pedir uma ajuda. Ano passado tentei chegar a cascata do leonte, estacionei a beira da portela com o mesmo nome e andei cerca de 30 min por esses lados a procura mas nada de encontrar a cascata nem sinais dela (nada de sons de quedas de agua ou algo genero). se alguem me souber explicar a forma mais fácil de ai chegar agradeço.
Já agora um trilho a não perder é sem duvida o dos currais, também é médio elevado e tem muitas subidas mas vale a pena.
Olá! Não te consigo explicar melhor o caminho, infelizmente. Já não vou lá há algum tempo… Mas este verão devo lá voltar!