Em Novembro do ano passado, a minha empresa deu-me a oportunidade de ir ao Rio de Janeiro em projeto. Para aqueles que nao sabem, trabalhei em consultoria e aproveitei dois fins-de-semana e algumas horas mortas entre trabalhos para descobrir aquela (pequena) parte do (grande) Brasil. Laurear a pevide, va.

Vista do Hotel Royal Tulip - Sao Conrado, Rio de Janeiro

Fiquei alojada no Hotel Royal Tulip em Sao Conrado. Uma vista fantastica, mas uma localizacao menos ideal para quem gosta de andar a pe. Dizem que a praia de Sao Conrado, mesmo em frente ao Hotel, serve de esgoto a Rocinha, que ja foi considerada a maior favela da America Latina. Por sua vez, a dita Rocinha comecava mesmo atras do meu Hotel. Ficamos, portanto, num enclave bastante simpatico.

Mas pensam que isso abalou o meu espirito aventureiro de pioneira na America do Sul (pioneira de mim mesma, leia-se)? Nunca!

Praia de Sao Conrado - Rio de Janeiro

No primeiro dia de soltura, apanhei um autocarro para Ipanema, que, sem eu saber, passava pela base da favela do Vidigal – que por sinal agora esta na moda com galerias de arte e festas funk todos os fins-de-semana.

Se quiserem saber mais sobre este tema, podem consultar aqui o artigo da Exame sobre o tema ou visitar o Alto do Vidigal Hostel & Bar, um exemplo da faceta “morro cool”. Segundo me contaram, a iniciativa de tornar esta favela mais atrativa a turistas e a classe media-alta brasileira partiu dos proprios traficantes, que, num golpe de estrategia de marketing, conseguem chamar os clientes ate eles, em vez de se verem obrigados a vender nas ruas policiadas do Leblon e Ipanema…

Bom, depois de passar pela base do Vidigal e chegada ao paredao de Ipanema, dei de caras com a minha primeira experiencia brasileira total: sol abrasador, musica na rua de fontes inesperadas, culto do corpo com ginasios ao ar livre, surfistas e todo o tipo de praticantes de desporto, gente e mais gente. E a praia mesmo ali ao lado. Era Domingo, o dia ideal para mergulhar – e suar – no mundo carioca.

Praia de Ipanema, perto do Forte de Copacabana

Depois de ter almocado por perto, segui caminho. Estava muito sol, mas mesmo assim resolvi ir explorar outra parte da cidade, mais longe da praia. Andei e andei, passei pela Lagoa Rodrigo de Freitas, que fica mesmo no meio da cidade, e fui passar o final de tarde ao Parque Lage.

Albergando uma Escola de Artes Visuais, o espaco e muito mais do que um jardim. Tem plantas tropicais que fascinam qualquer europeu, um estilo arquitectonico classico que contrasta com a vegetacao, um cafe de charme para um pequeno-almoco tardio (pronto, brunch) e uma vista soberba para o Cristo Redentor. Logo no primeiro dia, encontrei um sitio preferido no Rio de Janeiro.

Parque Laje - Rio de Janeiro

E o melhor e que, com a Escola de Artes Visuais, existem sempre coisas a acontecer no Parque, como exposicoes e festas, que reunem os cool mais cool da cidade – mais ainda do que aqueles que vao sair para o Vidigal! Eu tive sorte e, alem de ter conhecido o Parque Lage logo no primeiro dia desta viagem, voltei la na ultima noite para me despedir com uma festa/ exposicao/ happening e tirar algumas fotografias para a posteridade…

Parque Lage by night - Rio de Janeiro

De viagem pelo Rio de Janeiro? Conhecam tambem as praias de Buzios, num artigo do blog Viagens & Caminhos. Se gostaram do artigo, ajudem a crescer o Contramapa e partilhem o artigo. Podem tambem seguir no Facebook e no Instagram.

Chamo-me Diana.Gosto de ler, gosto de escrever e tenho ganho o gosto de viajar. Decidi juntar as historias acumuladas neste espaco e chamei-lhe Contramapa. Porque nas contracapas dos meus livros existe sempre um mapa, um sitio onde ir, um local a descobrir. Aqui podem conhecer as minhas historias e viagens em livro aberto.

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